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1 de setembro de 2011

MANOEL DE MELO


O Brasil para Cristo
O pai era João de Mello Silva, brasileiro, descendente de brasileiros; casado com Doralina Soares da Silva, brasileira de descendência holandesa.
Em meio a esta família, a 20 de Agosto de 1929, nasceu uma criança a quem foi dado o nome de Manoel de Mello e Silva, comumente chamado pelo apelido de "Neco". Manoel de Mello teve em sua infância um desenvolvimento normal e próximo aos 4 anos de idade, "Seu João", católico nominal, pensou em batizá-lo, arrumando até o padrinho para o evento. Porém, sua mãe, cristã convicta, instruía o menino no caminho de Deus.
No dia marcado pelo seu pai para o encontro com seu "padrinho", ocorreu uma surpresa a todos que estavam na imensa sala da família Mello. Quando seu padrinho perguntou a Manoel se ele estava feliz por ser batizado, ganhar um terno novo ir a Igreja à cavalo e ver a missa e o Padre, este respondeu: "O senhor meu pai sabe que eu sou quente (crente), e se me levarem para batizar eu falo pro Padre que sou quente, quente, quente, quente!!!!!.... Junto com esta declaração enfática, do menino Manoel, vieram batidas firmes de pés no chão, e um dedo apontado para o rosto do padrinho, o que criou um clima intranqüilo para seu pai e o padrinho, mas de grandesatisfação para sua mãe.

Manoel de Mello crescia e interessava-se pelas coisas de Deus. Aos 9 anos de idade foi batizado com o Espírito Santo, e já sabia de cor mais de uma centena de hinos, além de recitar vários Salmos e diversas passagens da Palavra de Deus. Depois dos 11 anos, pregava para auditórios de 100 pessoas, que eram sacudidas pelo poder de Deus que fluía de sua mensagem, o que veio a provocar certo ciúmes a pregadores mais idosos da igreja. Como pregador, suas mensagens voltavam-se de forma especial para o poder da fé e os milagres operados por Jesus e pelos Apóstolos.
Aos 14 anos de idade, Mello interessou-se em sua vida secular, pelo ofício da Construção Civil, havendo se especializado nesta área.

Aos 18 anos de idade, Manoel de Mello viajou para a cidade de São Paulo, onde de início já passou por algumas dificuldades. Porém, fez amizades lá, e vencendo as barreiras, agregou-se na Igreja Evangélica Assembléia de Deus, onde foi consagrado Diácono. De dia trabalhava como Mestre de Obras, e à noite, pregava nos templos daquela denominação.
Mas, Deus tinha planos para a vida daquele homem que ele sequer imaginava! Com o decorrer do tempo, o Diácono Manoel de Mello, foi sendo aquecido pelo Espírito Santo em sua fé. Com 22 anos, em 1951, casou-se com Ruth Lopes, e dessa união nasceram Boaz Alberto e Paulo Lutero.
Em 1952, Manoel de Mello foi surpreendido por uma enfermidade mortal (paralisia intestinal), que em menos de uma semana fez com que seus parentes e amigos o considerassem como morto. Mas ele foi ungido com óleo, conforme a ordenança bíblica de Tiago 5.14-15, e após a oração da fé, foi milagrosamente curado, tendo sua saúde restabelecida por Deus. Este acontecimento fortaleceu a sua fé, e o tornou convicto da operosidade dos dons espirituais, característica marcante que acompanhou todo o seu ministério, principalmente na área de cura divina e sinais e maravilhas.

Depois de ter sido curado da paralisia intestinal, Manoel viu-se impedido de continuar suas atividades seculares, e passou a dedicar-se exclusivamente à pregação do Evangelho e ao ministério. Muitos levantaram-se tentando impedi-lo de sua iniciativa, inclusive dentro da própria denominação que pertencia. Alguns por não concordarem com sua linha doutrinária de pensamento, baseada nos dons do Espírito Santo, e nos milagres operados por Jesus e os Apóstolos, e outros por ciúmes.
Hoje, vários pastores nos contam, segundo a tradição oral, que muitas vezes na igreja, durante campanhas de missionários e pregadores famosos, muitos dos quais estrangeiros; no momento da oração, o povo muitas vezes clamava: "Nós queremos a oração do Diácono Manoel de Mello!". E, quando ele orava, os milagres aconteciam de forma extraordinária. Manoel de Mello também passou a ser perseguido por muitos de fora, incrédulos do poder de Deus e motivados pelo inimigo.
A intensa perseguição o levou a realizar períodos de intensos jejuns e orações que entravam pelas madrugadas. Estudou a vida de famosos pregadores e analisou detalhadamente os grandes movimentos de reavivamento espiritual ocorridos no mundo. Foi ordenado ministro pela Corporação Evangélica Four Square, com sede nos Estados Unidos, e em 1955 teve uma visão de Deus que o próprio Manoel de Mello narra: "Em 1.955 tive uma visão espiritual na qual o Senhor Jesus me apareceu e me deu ordens para começar, no Brasil, um movimento de Reavivamento Espiritual, Evangelização e Cura Divina, e o Senhor Jesus mesmo deu-me o nome: "O BRASIL PARA CRISTO". Obedeci a ordem. Aleluia!

Comecei o movimento. Companheiros e companheiras do mesmo ideal do Evangelho uniram-se a mim na grande jornada. Naquela visão Jesus me revelou que todos que cooperassem comigo na Obra que iria fazer de maneira nenhuma perderiam seu galardão, então abrimos milhares de igrejas de norte a sul do Brasil..."
Sem dúvida alguma começava no Brasil o maior movimento de Evangelização e Reavivamento Espiritual de toda a América Latina, o movimento chamado de: "O BRASIL PARA CRISTO", uma das maiores expressões da Igreja Pentecostal no Brasil.
O Missionário Manoel de Mello firmou-se então como autêntico líder do Pentecostalismo no Brasil, chegando a reunir em suas campanhas até 200.000 pessoas em algumas reuniões, fato que lhe custou alto preço - Foi preso 27 vezes, acusado de curandeirismo pelas curas que aconteciam em seus cultos, por causa do seu ponto de vista não conformista e especialmente por seus pronunciamentos proféticos.
O Ministro Evangélico Manoel de Mello foi um líder popular de grande penetração entre as massas, promoveu grandes concentrações evangelísticas em todos os estados do Brasil, principalmente em São Paulo. Chegou até mesmo a lotar o Estádio do Pacaembu, numa gigantesca concentração. Em abril de 1.976, na Sexta-Feira da Paixão, reuniu cerca de 30.000 pessoas nas dependências do Grande Templo.


Porém, Manoel de Mello, não se deteve só no Brasil, mas viajou para todos os continentes realizando conferências em 133 países, em igrejas, universidades, simpósios e convenções. Pregou para reis, rainha da Inglaterra, duas vezes para o presidente dos Estados Unidos dentro de sua própria sala, primeiro ministro da Alemanha, entre outros. Foi entrevistado pela cadeia de televisão CBS americana, BBC londrina, além de vários outros veículos de comunicação internacionais, como a televisão sueca, a alemã, os jornais "New York Times" e o "Le Monde".
Aqui no Brasil, vários órgãos da imprensa deram cobertura às suas atividades evangelísticas. Por estas mesmas atividades recebeu o prêmio de religião como o pregador que mais se destacou no ano de 1.972, concedido pela Fundação Edward Browning e representado pelo troféu Browning. Em 1.978 recebeu o título de: "O Bandeirante do Brasil Presente", concedido pelo INEC (Instituto Nacional de Expansão Cultural). Em 07 de outubro de 1.981 foi entrevistado pela revista Veja, cujo assunto foi: " Pentecostais - O Milagre da Multiplicação" (Capa da Revista). 

Era um homem avançado para o seu tempo.
Manoel de Mello sempre foi um homem voltado para a elevação do espírito, para o bem-estar do homem e principalmente a salvação que o Senhor Jesus Cristo pode proporcionar a todos quantos se entregarem a Ele. Manoel de Mello e Silva, um nome que sempre ficará gravado nos anais da história e nos corações do povo evangélico do Brasil e até mesmo do mundo, um homem que fez muito pela causa de Cristo aqui na terra mas, no dia 05 de maio de 1.990 o Senhor o recolheu.
Que possamos ter em nossos corações e em nossas mentes, o desejo e a determinação que este grande servo do Senhor tinha ao gritar nas praças de São Paulo e de todo Brasil "VAMOS GANHAR O BRASIL PARA CRISTO".
MARANATA, Ora vem Senhor Jesus. Amém!

Pastorzico.blogspot.com.br

O primeiro culto oficial do Movimento foi no dia 03 de março de 1956, no bairro de Pirituba, em São Paulo, e o objetivo era ganhar o Brasil para Cristo.
O Missionário Manoel de Mello, dotado pelo Espírito Santo de autoridade espiritual e de um carisma inigualável, atraía milhares de pessoas para ouvir a mensagem do evangelho.
Combatia a idolatria e a feitiçaria. Orava pelos enfermos e eles eram curados em nome de Jesus. Paralíticos andavam, cegos enxergavam, surdos passavam a ouvir.
Milhares de pessoas aceitavam a Jesus como seu Salvador. Foi Pioneiro no rádio e na televisão, pregando em locais antes inimagináveis no meio evangélico, como em cinemas, teatros, ginásios e estádios de futebol.
As perseguições não tardaram e como conseqüência Tendas foram queimadas e nosso Tabernáculo derrubado. O Missionário foi preso e detido diversas vezes durante a sua vida, por pregar o evangelho e por não se calar diante das injustiças. Mas o grande arrebatador de almas não se abatia. Em São Paulo lotou o Estádio do Pacaembu pela primeira vez em maio de 1958, levando milhares de pessoas a ouvirem a mensagem da Salvação.
A verdadeira revolução que o Missionário Manoel de Mello estava causando começou a chamar a atenção de pastores do Brasil inteiro, que o procuravam querendo se unir a ele, entre eles o Pastor Aldor Peterson na Bahia, o Pastor Boanerges G. Figueiredo, no Rio Grande do Norte, o Pastor Ademar de Souza Mello, no Recife, o Pastor Manoel Messias, no Sergipe, o Pastor Gildo de Araújo, no Rio de Janeiro, o Pastor Jahir Dietrich, no Paraná, o Pastor Olavo Nunes, no Rio Grande do Sul, entre dezenas de outros pastores nos diversos estados.
O Missionário empreendeu inúmeras campanhas de evangelização nos diversos estados brasileiros, reunindo sempre milhares de pessoas.
Tornou-se o pregador brasileiro mais conhecido e respeitado no exterior, onde pregou em dezenas de países. Entrevistado por famosos jornais e televisões do mundo, foi o primeiro ministro evangélico a ser capa da Revista Veja.

Levantou a sua voz contra as injustiças sociais e denunciou em fóruns internacionais os descalabros do regime militar brasileiro, o que motivou algumas de suas detenções. Com a sua influência elegeu representantes para as Assembléias Legislativas e para a Câmara Federal.
O Missionário construiu em São Paulo a Igreja da Pompéia, Sede Nacional da Obra e o maior Templo Evangélico do mundo durante muitos anos, inaugurado em julho de 1979.
Sob a sua liderança a igreja se instalou e cresceu em todo o país e na década de 60 percebeu-se a necessidade de tornar-se organização. A primeira Diretoria Oficial e o primeiro Conselho Deliberativo foram formados, sob a presidência do Missionário.
Em 1974, o Missionário convocou uma Assembléia Nacional, realizada na Sede da Pompéia, ocasião em que a Igreja passou oficialmente a ser denominada Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo.
Nessa ocasião a Convenção Nacional foi organizada e também o Conselho Deliberativo, órgão diretivo e administrativo da Convenção Nacional, ambos sob a presidência do Missionário Manoel de Mello. As Convenções Estaduais e Regionais começaram a ser implantadas a partir dessa data.
Em 1976 o Missionário nomeou o querido amigo Pastor Olavo Nunes para sucedê-lo na presidência da Convenção Nacional. Para a gestão seguinte nomeou o Pastor Ivan Nunes. Em 1986 uma nova Assembléia Nacional transformou a Convenção Nacional em Conselho Nacional e extinguiu o Conselho Deliberativo. A presidência do Conselho Nacional passou a ser eleita mediante votação, ficando o Pastor Ivan Nunes como Presidente na gestão de 1986 a 1989. O Pastor Orlando Silva foi eleito para a presidência do Conselho Nacional na gestão de 1989 a 1999. O Pastor Roberto de Lucena foi eleito para a gestão de 1999 a 2005. Em 2005, o Pastor Orlando Silva foi novamente eleito para assumir a presidência.
O Missionário Manoel de Mello manteve-se como líder espiritual da obra até 1990, quando Deus o chamou no dia cinco de maio.
Hoje a igreja está organizada em 20 Convenções Estaduais e Regionais, com milhares de membros, igrejas e pastores.
Neste ano de 2006, para a Glória de Deus, estamos comemorando juntos os nossos 50 anos de lutas e de vitórias.

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