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10 de agosto de 2013

John Angell James AVIVALISTA


John Angell James

É pela vontade e apontamento do Senhor Jesus Cristo, o glorioso Rei e Cabeça das Suas igrejas, que os seus membros devem se comportar em relação aos seus pastores como seus ministros, que vêm em nome dEle, carregam os mandamentos dEle e efetuam os negócios dEle; e que sejam tratados, em relação a qualquer coisa, de uma maneira que corresponda ao ofício que desempenham. Num sentido subordinado, eles são embaixadores de Cristo, e devem ser recebidos e estimados de uma maneira que corresponda à autoridade e glória do Soberano que os comissiona. Quem quer que os ofenda, insulte ou os negligencie, no exercício dos seus deveres oficiais, desobedece e despreza seu divino Mestre, que se ressente profundamente de todas as injúrias lançadas contra eles. Nenhum soberano terreno permite que seus mensageiros sejam rejeitados e insultados sem punição; muito menos o Senhor da igreja. Aqueles que entretêm baixos pensamentos a respeito do ofício pastoral negligenciam aridamente suas ministrações; quem fala com desdém dos seus ministros, quem excita um espírito de resistência aos seus conselhos, admoestações e reprovações, quem se esforça para diminuir aquela justa reverência, para que, por causa da sua obra, e em nome do seu Mestre, eles têm direito, certamente os despreza, e não apenas eles, mas a Ele que os enviou! E por tal conduta, eles certamente incorrerão no pesado desagrado de Cristo (Lucas 10.16; 1Tessalonicenses 5.13).

Mas, descendo aos particulares, os deveres dos membros da igreja para com seus pastores são:


 1. Submissão à sua autoridade justa e bíblica.
É prontamente admitido que não bíblica e, portanto, dominação usurpada do ministério é a raiz de onde surgem o completo sistema da tirania papal; que, surgindo como uma árvore venenosa no jardim do Senhor, secou por sua sombra, e marcou por sua influência, quase todas as plantas e flores do Cristianismo genuíno. É questão de não arrependimento, portanto, nem de surpresa, se um ciúme incessante for mantido por aqueles que entendem os princípios da liberdade religiosa contra as usurpações da autoridade pastoral. Domínio sacerdotal, tal como aparece no Vaticano, é a mais detestável e a mais maldosa de todas as tiranias; mas quando ele aparece no pastor de uma igreja independente, ao mesmo tempo despojado de todos os elementos de poder e das armadilhas da majestade, o simples mimetismo de autoridade é mais ridículo do que alarmante, e não possui nenhuma semelhança com seu protótipo em Roma, a semelhança de como fez o pequeno, coaxante e saltador animal da lagoa com o boi do campo, cujo orgulho o fez inflar até que estourasse.

No entanto, ainda assim, existe uma autoridade pertencente ao pastor, pois ofício sem autoridade é um absurdo! “Lembrem-se daqueles que têm governo sobre vocês”, disse São Paulo aos Hebreus (13.7). “Obedeçam aos que governam sobre vocês e sejam-lhes submissos, pois eles cuidam das suas almas” (13.17). Àqueles “que se devotaram a si mesmo ao serviço dos santos, também se sujeitem a estes” (1Coríntios 16.15-16). Estas injunções são inspiradas, e requerem obediência e submissão das igrejas cristãs aos seus pastores. A autoridade dos pastores, entretanto, não é legislativa ou coerciva, mas simplesmente declarativa e executiva. Definir com precisão seus limites é tão difícil quanto marcar os limites das várias cores do arco-íris, ou os limites da luz e escuridão na hora do crepúsculo no hemisfério.





 Este não é o único caso em que os limites da autoridade são deixados sem precisão definida pelas Escrituras. Os deveres da união conjugal são definidos da mesma maneira geral: o marido deve governar e a esposa deve se submeter. Mas ainda é difícil declarar onde, neste caso, autoridade e submissão terminam. Em cada um destes exemplos, a união é fundamentada sobre amor mútuo, confiança e estima e pode, portanto, ser racionalmente suposto que, sob estas circunstâncias, termos gerais são suficientes, e que não devem surgir lutas pelo poder. Se as pessoas veem a autoridade do seu pastor sendo empregada para o seu benefício, elas não se inclinarão a determinar por medições se ele ultrapassou os limites da sua autoridade. A própria circunstância da prerrogativa sendo assim definida deve, por um lado, fazer com que ele tema estendê-la, e de outro lado, torna a sua igreja cautelosa quanto a diminuí-la. É minha decidida convicção que, em algumas de nossas igrejas o pastor é reduzido muito abaixo do seu nível justo. Ele é considerado meramente como um simples irmão que discursa. Em algumas igrejas ele não possui nenhuma distinção oficial ou autoridade. Ele pode elogiar como um bajulador, ele pode pedir como um servo, ele pode galantear como um amante, mas não lhe é permitido comandar como uma autoridade. Sua opinião é recebida sem nenhum respeito, sua pessoa tratada sem nenhuma honra, e na presença de alguns dos seus tiranos leigos, se ele diz qualquer coisa, é semelhante aos antigos adivinhos, pois a ele é permitido apenas chiar e murmura com a boca no pó.

Aquelas pessoas que estão ansiosas para retirar dos seus pastores toda justa elevação, não podem esperar obter muita edificação a partir dos seus labores; pois instrução e conselho, como substâncias que caem na terra, impressionam a mente com uma força proporcional à altura da qual elas caem.

FONTE: John Angell James; Gardiner Spring. The Duties of Church Members To Their Pastors/A Plea To Pray for Pastors. Birmingham, AL: Solid Ground Christian Books, 2009. pp



         A GRANDEZA DO PASTORADO A obra é um clássico do século 19 [XIX], escrito por um pastor congregacional britânico, versa, sobre como fazer diferença em um mundo indiferente através de um ministério pastoral à luz da Palavra de Deus.

Seu autor, o pastor John Angell James, nasceu no final do Avivamento Wesleyano e morreu no ano do início de outro grande avivamento, em 1859. O título original da obra é An Earnest Ministry.

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